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Foto do escritorDona Raiz

O abraço precisa esperar

Nesse tempo de coronavírus, como mãe tive uma experiência forte sobre não poder abraçar meu filho. Ele estava viajando e, quando chegou, estávamos com tanta saudade e nos demos conta de que não poderíamos nos abraçar. Olhamos um para o outro e começamos a rir (de nervoso) e de longe nos abraçamos por meio de sinais, jogamos beijos, coraçõezinhos, brincamos de cumprimentar com os pés, mas sempre de longe.

Estou a mais de 15 dias longe dos meus filhos e netas, estamos fazendo uso de chamadas por áudio. Assim conversamos, rimos, damos boas gargalhadas, passamos mensagens de confiança, força e esperança de que esse tempo vai passar.

O abraço para nós é muito importante, faz parte da nossa história enquanto cidadãos brasileiros e enquanto núcleo familiar. Sempre nos abraçamos muito, nos cuidamos e nos protegemos, a relação de confiança foi fortemente estabelecida e desde sempre nos nutrimos com amor, demonstrado muitas vezes com o toque, bom humor, brincadeiras, dança, canto... Temos uma boa reserva de alegria, prazer em estar juntos. Agora estamos em um período de distanciamento físico, mas não nos falta o sentimento de estar abraçados e de ter a certeza de que podemos contar uns com os outros, mesmo à distância.

Como profissional e psicóloga, sei que o abraço é uma atitude que promove bem-estar, prazer, confiança, generosidade, compaixão, promove momentos de felicidade e nos alimenta a alma.

Algumas pesquisas apontam para a importância do abraço por mais de 15 segundos, para que haja a liberação da ocitocina hormônio liberado no parto, na amamentação, e também pelo abraço e que nos garante a confiança básica para lidarmos com as mais adversas situações.

Nesse período de coronavírus, a OMS orienta para o isolamento social. Se você está em casa com seus filhos pequenos, aproveite para nutri-los amorosamente, é tempo de nutrir aqueles que estão ao seu lado, nutrir as suas crianças, estabelecer vínculos duradouros.

Se estamos em quarentena sozinhos, que tal sentir-se estimulado pelas nossas lembranças de abraços! Vamos nos sentir abraçados dentro da nossa casa e pela nossa casa, o nosso espaço de segurança e confiança.

Como diz a música, "o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço", podemos nos sentir abraçados virtualmente, podemos nos sentir abraçados, acolhidos e até diminuir a nossa ansiedade em relação ao coronavírus se temos respostas de confiança e de responsabilidade dadas pelos nossos representantes. A melhor coisa é sentir-se em casa. Vamos ficar em casa!

Maria Lúcia Pereira de Oliveira

Psicóloga Clínica, Mestre, Especialização em psicoterapia de família e casal, especialização em psicopatologia. Uberlândia – MG.

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